Como a grande parte das pessoas relacionadas ao underground sabe, a
Metal Media completa 6 anos de puro amor à cena underground nacional,
aproveitamos para entrevistar os dois cabeças, donos ou pai e mãe desta
empresa que agencia as bandas divulgando seu trabalho pelo mundo!
Germano Roberto: Para vocês, o que é a Metal Media?
Débora Brandão: Bom, pra mim a Metal Media é mais
que uma empresa de assessoria, é um modo de vida e a realização de um sonho. É
a oportunidade de conhecermos pessoas fantásticas pelo Brasil e pelo mundo, de
poder viver do que amamos.
Rodrigo Balan: Concordo com a Débora, a Metal
Media realmente transcende o trabalho, quando falamos da família Metal Media, é
isso mesmo que sentimos.
Ter a oportunidade de trabalhar com tanta gente talentosa é
algo realmente difícil de resumir em palavras...
Débora Brandão: Entre essas pessoas FODAS, está
você e o Mines of Metal muito obrigada pela força e parceria sempre!
Germano Roberto: De nada, enquanto a isso só digo uma coisa:
União! Como era a Metal Media no início e como surgiu o nome Metal Media?
Débora Brandão: A Metal Media começou como uma
ramificação do antigo selo do Rodrigo, a Free Mind Records. Na época Rodrigo
cuidava do selo e eu da assessoria. Mas foram aparecendo muitas bandas
interessadas no serviço e achamos melhor desvincular a assessoria da gravadora,
o melhor jeito de começar seria alterando o nome e criando um site específico.
O nome "Metal Media" foi criado pelo Rodrigo também, ele queria que o
nome da empresa fosse curto e que já dissesse do que se tratava.
Foi nessa época, também, que o Rodrigo passou a se dedicar
exclusivamente à Metal Media, fechando a Free Mind Records.
Germano Roberto: No
início da Metal Media só vocês que faziam todo o serviço? E atualmente, vocês
possuem uma equipe estruturada?
Rodrigo Balan: Sempre fomos só nós dois, claro que,
quando necessário, procuramos apoio de alguém com mais expertise no assunto
requerido, mas basicamente seguramos todas as pontas mesmo.
Até o momento não precisamos terceirizar muitos serviços
pertinentes a nossa área de atuação, sempre calculamos muito bem nossos passos
pra não deixarmos a quantidade de serviço sair de nossa alçada e diminuir a
qualidade do mesmo.
Germano Roberto: Nesses 6 anos obviamente ocorreram fatos
inusitados, e até mesmo hilários, vocês poderiam nos contar algumas dessas
histórias?
Rodrigo Balan: Ah sempre acontecem algumas coisas
engraçadas, mas normalmente são mais stresses com pessoas desonestas tentando
passar a gente ou as bandas pra trás.
Uma coisa que vira e mexe acontece são algumas "bandas
salvadoras do rock" que entram em contato oferecendo uma chance pra gente
trabalhar com elas gratuitamente (risos). Normalmente são bandas de Pop Rock
que nem lançaram um disco ainda e já se acham os tais. Rendem boas gargalhadas
nossas aqui (risos).
Débora Brandão: De fatos inusitados considero
aquelas pessoas que confiamos no trabalho e se mostraram péssimos
profissionais, desonestos e que querem se dar bem em cima das bandas. Entrei
nesse "meio" com a utopia de que as pessoas seriam mais unidas, e foi
um grande equívoco. Felizmente dentro da MM somos todos uma grande família, e
isso faz tudo valer a pena.
Quanto aos hilários, a maioria é de pessoas que entram em
contato. Tanto pela forma de abordagem quanto pelas ofertas que fazem.
Germano Roberto: O que vocês pensam sobre a cena aqui no
Brasil, levando conta a segregação de estilos e principalmente a atitude destas
bandas de Pop Rock.
Rodrigo Balan: Quanto às bandas de Pop Rock,
realmente é algo que não me interessa, gosto muito de Heavy Rock, Rock Clássico
e desse Rock mais rebelde, na pegada do Velhas Virgens e Baranga.
Nosso cenário é bem complexo, muito positivo em alguns
aspectos, muito negativo em outros. Creio que posso falar com propriedade que
pelo menos em termos de qualidade musical e empenho dos músicos, não devemos
nada para qualquer outro cenário mundo afora. Agora em alguns outros aspectos
ainda precisamos melhorar.
Germano Roberto: Vamos falar então das bandas a seus
cuidados, o quanto está sendo importante, profissionalmente e pessoalmente,
lidar com elas? É visível vocês possuírem uma grande amizade com eles, mas nos
contem um pouco a satisfação.
Débora Brandão: A Metal Media é nosso trabalho,
nossa única fonte de renda. Não temos outras atividades, então nos dedicamos
100% às bandas da empresa, portanto, é essencial mantermos o profissionalismo
em tudo que atuamos. Tenho muito orgulho de dizer, mesmo correndo o risco de
parecer arrogante, que durante esses seis anos conseguimos crescer sem passar
por cima de ninguém, de nenhuma empresa, nenhuma banda, nenhum outro profissional
da área. Acreditamos que com honestidade e ética conseguimos atingir nossos
objetivos. Também não nos acomodamos nunca! Estamos sempre fazendo novos
cursos, trazendo novidades para as bandas da empresa. Se não sabemos de alguma
coisa e notamos ser necessário, nós corremos atrás de aprender imediatamente.
Sobre a relação pessoal, nossos artistas não são apenas
clientes, como você citou, somos amigos. Muitos nos consideram um membro da
banda, outros nos chamam de família. Fazemos questão de ter um relacionamento
próximo com todas as bandas pois realmente acreditamos no trabalho delas, somos
fãs. Essa proximidade com as bandas não é premeditada, ela simplesmente
acontece. Isso é fantástico pois, além de facilitar nosso trabalho, nos permite
a proximidade com pessoas incríveis que adoraríamos ter em nosso convívio.
Germano Roberto: Como, vocês já citaram anteriormente, muitas
vezes já se irritaram com pessoas desonestas, produtores e
"assessores" com propostas impossíveis, alguma vez aconteceu a má
sorte de encontrarem bandas, ou integrantes, que agem da mesma forma?
Rodrigo Balan: Gente desonesta existe todos os
âmbitos da sociedade, não seria diferente com as bandas. Por sorte, tivemos
poucas experiências com gente deste tipo e sempre nos afastamos de pessoas com
atitudes negativas, desonestas.
Germano Roberto: E, para finalizar, o que vocês aconselhariam
as bandas que estão começando a carreira? Aproveito para agradecer e
parabenizá-los por possuírem tamanha disponibilidade e disposição para poderem
ajudar a cena nacional ficar mais conhecida e melhor apresentável. Portanto
feliz aniversário de 6 anos de Metal Media!
Rodrigo Balan: Dizem que se conselho fosse bom,
não se dava, vendia (risos). Mas se posso sugerir algumas coisas para os
iniciantes, uma é não ter pressa. Na música pesada 99% das bandas tem um
caminho a trilhar até ser reconhecida.
E sempre, sempre faça música por amor. Não fique nessa de
“criar música pra vender”, não faça as coisas esperando retorno, especialmente
financeiro, deixe as coisas fluir... Claro, caprichar no que faz é um preceito
obrigatório, então nem conta (risos).
Mas neste processo divirta-se, tenha bons momentos com seus
amigos, faça shows como se fosse o último. O reconhecimento vem.
O principal: nunca desista de seus sonhos.
De mais, só tenho a agradecer a você, Germano, pelo espaço e
pelo carinho. Aqui também fazemos tudo por amor e com muita dedicação.
Esperamos que estes 6 anos se tornem 60
Débora Brandão: Pessoal do Mines of Metal, MUITO
OBRIGADA POR TUDO!
Aproveitando, confiram a coletânea destruidora disponibilizada pela Metal Media em comemoração a seus 6 anos de estrada. Esta é uma coletânea para download gratuito com os clientes da empresa. São 67 faixas, dos mais variados estilos, com bandas do Brasil, América do Sul e do Norte, totalizando mais de 5 horas de músicas.
Download neste link: http://metalmedia.com.br/_download/
Aproveitando, confiram a coletânea destruidora disponibilizada pela Metal Media em comemoração a seus 6 anos de estrada. Esta é uma coletânea para download gratuito com os clientes da empresa. São 67 faixas, dos mais variados estilos, com bandas do Brasil, América do Sul e do Norte, totalizando mais de 5 horas de músicas.
Download neste link: http://metalmedia.com.br/_download/